Drone é usado para controlar elefantes na África.

A afirmação acima não parece verdadeira, mas é. Um grupo de pesquisadores da Universidade Oxford na Inglaterra monitorou 34 fazendas no Quênia durante 2 anos e constatou que nas fazendas onde havia cultivo de abelha nas cercas das plantações os elefantes não invadiam e estragavam a produção.

Em outro artigo publicado por pesquisadores da Universidade de Duke eles descrevem que ao monitorarem os elefantes utilizando drones para filmagem eles perceberam que os animais ficavam agitados. Alguns elefantes fugiram, e um dos animais lançou lama em direção a um drone. Apesar do dito popular afirmar que elefante tem medo de camundongo, na verdade ele tem medo é de abelha.

Mas porque os elefantes têm medo da abelha?

Segundo os pesquisadores ele tem medo de ser picado em áreas sensíveis como olho, boca e dentro das orelhas.

O elefante detecta a presença de abelha e sua colmeia pelo ruído do voo, que é semelhante ao de um drone, aliás esse é um dos motivos do quadricóptero ser chamado de drone, zangão em inglês. Por esse motivo na África os fazendeiros estão começando a usar drones para afugentar os elefantes das plantações. Segue o link do vídeo de um episódio do programa PBSNews que foi exibido em dezembro de 2017, mostrando um Phanton 3 sendo utilizado contra os elefantes. A matéria está na posição 8:44 minutos do vídeo.

Uma vez que o drone foi enviado para perto da matriarca da manada, ela ouviu o barulho, inicialmente manteve-se no lugar, mas depois ela recuou, e os demais elefantes seguiram seus passos fugindo para longe do barulho do drone.

A descoberta que os drones assustam os elefantes também pode ser vista como uma razão para reforçar as leis de voo dos drones em parques nacionais e zoológicos. Os efeitos do zumbido dos drones em animais necessita ser mais pesquisados, pois assim como no elefante podemos ter sérias implicações em outras espécies.

Existe um grande debate sobre privacidade e ruído de drones nas cidades, mas esse mesmo problema enfrentado pelos humanos são a resposta chave para controlar e monitorar os elefantes na África. Veja que a tecnologia pode ser útil onde menos se espera.