GoPro Karma, o Drone que não decolou

O mercado de drones é voraz. A GoPro aprendeu isso da forma mais difícil. No início do ano a empresa baseada na California anunciou que não vai mais produzir sua primeira investida no mundo dos UAV, o Karma Drone. Aproximadamente 100 colaboradores foram dispensados da divisão de produtos aéreos. As vendas seguirão apenas até o esgotamento dos estoques
O Karma Drone foi anunciado com grande expectativa de mercado no segundo semestre de 2015. Era uma tentativa de entrar em um mercado competitivo e liderado por gigantes com a chinesa DJI. O modelo proposto foi um dos primeiros drones com braços retráteis, fazendo com que fosse extremamente portátil.
Coincidência ou não, menos de um mês depois a DJI anunciou o Mavic Pro, que era menor, mais leve, mais compacto, mais rápido, com bateria mais duradoura e com mais sensores do que o Karma.
Como diferenciais, o Karma Drone era utilizado com a Hero5, de comprovada qualidade, permitindo uma dupla utilização da câmera. Havia também a proposta de um gimbal removível que pode ser utilizado sem o drone para tomadas manuais (hand held).
Para complicar um pouco mais, duas semanas após o lançamento em Outubro de 2016, a GoPro fez um recall de todos os drones pois muitas unidades apresentaram um problema com o mecanismo que prendia a bateria e provocavam a queda dos drones.
O estrago estava feito, e apesar de retomar as vendas alguns meses após o recall, os números do Karma Drone nunca foram expressivos em comparação aos competidores. Ainda é possível comprar o drone, mas não se sabe até quando o suporte vai estar disponível.